Grand Round - Sessão de Relato de Caso Oral


Código

GR11

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro

Autores

  • STEFANO LA SALVIA (Interesse Comercial: NÃO)
  • LETÍCIA MARIA FERREIRA MAMBREU DE AZEVEDO (Interesse Comercial: NÃO)
  • IAN CURI BONOTTO DE OLIVEIRA COSTA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

SINDROME DE WEBER EM PACIENTE COM HIV: O PAPEL DA NEURO-OFTALMOLOGIA NA LOCALIZAÇAO TOPOGRAFICA DA LESAO

Objetivo

Relatar o caso de um paciente de 42 anos, portador de HIV com paralisia do III nervo craniano, destacando a importância do exame neuro-oftalmológico na topografia da lesão para direcionamento diagnóstico e conduta adequada.

Relato do Caso

Paciente masculino, 42 anos, portador de HIV sem tratamento regular há um ano, com contagem de CD4 de 48 células/mm³. O paciente referia diplopia e apresentava ptose palpebral e exotropia à esquerda com piora progressiva há três meses, evoluindo há um mês com hemiparesia direita. A acuidade visual era de 20/20 em ambos os olhos. O exame do segmento anterior e do fundo de olho não evidenciava alterações. A avaliação pupilar revelou anisocoria mais evidente em ambiente claro, com reflexos direto e consensual diminuídos no olho esquerdo, sem defeito pupilar aferente relativo (DPAR). A motilidade do olho direito era normal e, à esquerda, havia limitação para supradução, infradução e adução, com preservação da abdução e inciclotorção. A sensibilidade corneana e facial estavam preservadas. A ressonância magnética de crânio evidenciou uma lesão expansiva com realce anelar no pedúnculo cerebral, sugestiva de toxoplasmose ou linfoma do sistema nervoso central.

Conclusão

A síndrome de Weber resulta de uma lesão no pedúnculo cerebral, comprometendo o III nervo craniano em sua porção fascicular e as vias corticoespinhais, associando paralisia ipsilateral do oculomotor e hemiparesia ou hemiplegia contralateral. Neste caso, o exame físico detalhado foi essencial para a correta localização da lesão, pois a preservação dos nervos II,IV, VI e dos ramos do V, associada à hemiparesia direita, indicou acometimento restrito ao pedúnculo cerebral, reduzindo a probabilidade de envolvimento do seio cavernoso ou de um aneurisma da artéria comunicante posterior. Em pacientes imunossuprimidos, a diferenciação entre etiologias infecciosas e neoplásicas exige avaliação de neuroimagem detalhada. O caso reforça a importância do exame neuro-oftalmológico na topografia das lesões e no diagnóstico precoce de doenças potencialmente graves.

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