Código
GR13
Área Técnica
Oculoplástica
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Autores
- HUGO XAVIER ROCHA FILHO (Interesse Comercial: NÃO)
- IVAN MAYNART TAVARES (Interesse Comercial: NÃO)
- GUSTAVO LUDWIG (Interesse Comercial: NÃO)
Título
UM OLHAR SOBRE O CARCINOMA BASOCELULAR: DESAFIOS NO DIAGNOSTICO E RECONSTRUÇAO PALPEBRAL
Objetivo
Evidenciar os desafios cirúrgicos que os carcinomas basocelulares podem trazer para uma reconstrução palpebral estética e funcional, livre de acometimento neoplásico
Relato do Caso
Paciente do sexo feminino, 76 anos, natural e procedente de São Paulo, com histórico de lesão na pálpebra inferior esquerda e canto lateral há seis anos, apresentando crescimento progressivo nos últimos três anos, com pigmentação aumentada e episódios esporádicos de sangramento. Ao exame, identificou-se lesão temporal hipercrômica e ulcerada, com áreas de sangramento, comprometendo toda a espessura da pálpebra inferior esquerda, estendendo-se até o canto lateral. Diante do quadro, foram levantadas as hipóteses diagnósticas de carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. Os exames complementares incluíram a ressonância magnética confirmou a presença de imagem nodular com realce, comprometendo os tecidos moles da pálpebra inferior esquerda, medindo aproximadamente 1,5 x 2,0 x 1,5 cm, sem envolvimento das estruturas musculares ou adiposas profundas. O tratamento adotado foi a exérese completa da lesão com reconstrução palpebral por meio de um enxerto tarsoconjuntival, retalho periósteo superior e inferior, retalho de Fricke, retalho de avanço e enxerto de pele. O exame histopatológico final confirmou carcinoma basocelular multifocal pigmentado, com margens livres de comprometimento neoplásico. O pós-operatório evoluiu sem complicações e com excelente resultado funcional e estético.
Conclusão
O carcinoma basocelular é a neoplasia maligna cutânea mais comum e pode apresentar comprometimento significativo da região periorbitária. A abordagem cirúrgica com exérese completa e reconstrução da pálpebra inferior foi essencial para garantir controle oncológico e preservação funcional. O caso destaca a importância do planejamento cirúrgico adequado para otimização dos resultados terapêuticos.